O dependente que é encaminhado para algum tipo de tratamento para a sua dependência química precisa ser avaliado e tratado pensando nas consequências psíquicas, biológicas e sociais que as drogas causaram. Por ter diferentes fases do tratamento da dependência química, cada uma consegue se ocupar de tratar um lado diferente.
Em todo o Brasil, cerca de 4,9 milhões de pessoas usaram drogas, de acordo com o Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas Pela População Brasileira. O número alarmante, preocupa a sociedade e faz necessária a aplicação de tratamentos de saúde para atender a essa população.
Diferentes fases do tratamento da dependência química
Nas unidades de tratamento, o paciente vai ser acolhido de maneira singular, recebendo o atendimento de uma equipe multidisciplinar que vai conseguir atuar no programa terapêutico de recuperação. As diferentes fases do tratamento conseguem focar nas consequências biológicas, sociais e psíquicas.
Os períodos de tratamento da dependência química podem variar conforme os seus atendimentos, contando com diferentes etapas que são aplicadas de acordo com o grau de necessidade do paciente. Algumas internações podem ser de 4 a 9 meses, passando pelas diferentes fases do tratamento da dependência química.
Primeira fase – Desintoxicação
O primeiro passo e o contato que o paciente tem com a internação é passando por uma fase de desintoxicação. Esse é o passo que consegue fazer uma limpeza no organismo do dependente, passando pela abstinência, um momento que costuma ser bastante complicado. Com a ajuda de profissionais experientes, a etapa dolorosa consegue receber todo atendimento para diminuir o desconforto.
Segunda fase – Reabilitação psicológica
Para seguir o tratamento com os dependentes químicos, acabar com os vestígios da droga no organismo é importante, mas é preciso também tratar o seu psicológico. Nessa fase, o paciente precisa pensar com mais clareza, desenvolvendo a sua autoestima. Focando em estimular o paciente a entender que há como ser mais saudável sem as drogas, sendo muito importante para o desenvolvimento do tratamento essa fase.
Terceira fase – reinserção social
Nesse momento, o dependente químico já volta a ter contato com os outros, procurando permanecer com uma visão mais positiva da sua vida e da sociedade. Nessa etapa das fases do tratamento da dependência química, o paciente apenas faz visitas terapêuticas, conseguindo retomar o seu convívio familiar. Ao voltar para a comunidade, ele consegue encontrar o equilíbrio necessário para uma vida longe das drogas, enfrentando as dificuldades com sobriedade.
Reabilitação
Em termos de fases do tratamento da dependência química, a reabilitação é o momento em que o paciente consegue modificar a sua maneira para continuar abstêmio.
Existem diferentes modalidades terapêuticas e suas intervenções são aplicadas para ajudar o paciente. Contando com aconselhamento familiar e individual, além do ensinamento em relação as substâncias e dependência que o paciente está consumindo.
Há também o uso de medicações que podem ajudar no controle da vontade de consumir a droga, além de um treinamento vocacional e social. Diferentes processos terapêuticos são utilizados para conseguir acompanhar o paciente no seu desenvolvimento. Grupos terapêuticos também são usados para compartilhar experiências em comum.
Cuidados continuados
Em muitos casos, os pacientes precisam continuar em tratamento, sendo algo que pode durar uma vida toda. Para os cuidados continuados, essas fases do tratamento da dependência química, é uma proposta para conseguir manter a sobriedade, mesmo com as dificuldades da vida.
Ao participar de grupos de mútua-ajuda, o paciente consegue receber o apoio necessário para não ter recaídas. Nessa fase, há também diferentes possibilidades ao acessar as comunidades terapêuticas, com o uso de internações mais longas, até o indivíduo se sentir capaz de ter uma vida estruturada longe da droga.
Recaídas
Diferentes estratégias podem ser aplicadas depois que as primeiras fases do tratamento da dependência química são realizadas – desintoxicação ou reabilitação. Essas estratégias focam em conseguir mostrar para os pacientes que a possibilidade de recair existe, mas ao mostrar os instrumentos que conseguem evitar que isso aconteça, eles se sentem preparados para modificarem as suas vidas.
Com a possibilidade de recaídas, o paciente precisa estar ciente de que as fases do tratamento de dependência química não acabam com a reabilitação. Ao necessitar de constante atendimento e de estar em contato com a comunidade terapêutica, consegue entender melhor os benefícios de ficar longe da droga.
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